sábado, 13 de dezembro de 2008

Confições de uma adolescente:capítulo 4-E agora?


Setembro de 2004
Resolvemos o problema pela metade, porque teríamos que ficar sozinhas de noite em casa!!! Foi bem difícil para os meus pais terem que aceitar que teríamos que ficar sem amparo de um adulto, eu apenas uma criança e ela um bebê asmático.
Esse mês é o mês do aniversário da minha mãe e quando o comemoramos, contamos a minha vó que iríamos ficar sozinhas, ela nem deu bola, mas a minha tia mais nova ficou receada.

Outubro de 2004
Já fazia um mês desde que nós começamos a nos virar sozinhas, era bem engraçado, não tinha jantar e ai eu pegava charque na geladeira botava na água fervente e eu e a minha irmã jantávamos isso,charque foi por quase dois meses o meu jantar

Novembro de 2004
Em uma noite a Nicole estava ruim por causa da asma e eu não sabia o que fazer, liguei para o meu pai e não atendia, liguei para minha mãe e estava na caixa postal, a única saída era ligar para minha vó, liguei chorando, e ela disse para ficar calma e abrir as janelas para que o vento entrasse, fiz isso e a coi melhorou.
Logo depois minha vó contou a minha tia e ela disse que era impossível deixar duas crianças sozinhas e ofereceu para que quando a minha mãe fosse trabalhar ela nos largasse na casa da minha vó, onde ela também morava.
E a minha última lembrança dos dia que eu ficava sozinha foi a imagem de uma panela com nissin queimado e eu ariando a panela antes do meu pai chegar

Dezembro
Começamos a ficar na casa da minha vó, pelo menos estávamos seguras e protegidas lá. Ficamos lá mais ou menos um mês e meio, até que um dia a minha irmã começou a chorar bastante e a Tia Marina chegou e disse que agente não podia ficar mais lá, porque nós iríamos matar a minha vó do coração porque a Nicole estressava muito ela.
Quando cheguei em casa contei para meu pai e ele disse que assim não dava para continuar.Antes de ter a briga na família minha mãe pagava salário mínimo e ranchos para minha vó cuidar de mim, porque ela não aceitava cuidar de graça. Meu pai contou a minha mãe e ela ficou muito brava com isso.
No final de tudo meu pai teve que parar de trabalhar de noite e ficar com a gente.

Próximo Capítulo: A decisão do INPS

Nenhum comentário: